segunda-feira, julho 5

febril

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e faz de conta que naquele dia de chuva torrencial, você não me deixou a ver barquinhos de papel na calçada da casa de tijolos rústicos. uma piscadela e pronto, nada mais restava entre o meu peito nu e a tua muralha de insensatez.

iluminando as vertentes do trôpego caminho de sol a pino, as dezesseis luas de júpiter zombam dos teus trejeitos mais elementares e indiscutivelmente humanos.

nascidos do barro e da costela, os sentimentos confluem sempre para a mesma direção, a do desencontro alumiado por incertezas. deu febre, foi ardente; marca indelével da memória aquecida pelo esquecimento. a todo vapor..

na rua de sempre, tudo difere.

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