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tenho vontade de escrever um livro.
seria o livro das pessoas doces e bonitas, dos aquarianos. não seria um romance. o recheio teria sabor de contos, crônicas e poemas, assim seriam consumidos em doses homeopáticas. como um livro de cabeceira, a ser lido antes de dormir; ou como um livro de viagens, companheiro de andanças, parceiro e encorajador. queria, também, que ele espantasse a dor, caso você tropeçasse pelo meio do caminho.
nele, não faltariam sonhos. mas não seriam somente aqueles que se assemelham a esperanças vãs... eles seriam palpáveis, lúdicos e nos remeteriam às estratégias e às possibilidades.
também seria um livro de busca, de pulsão-pulsação-fruição. um livro de não-saber, e que por isso mesmo, possibilitaria a procura, a criação e a união.
em suas páginas amareladas ecoaria um jardim musicado, de arte e hortaliças. seria um emaranhado de escritos que nos permitiriam viajar, tanto mentalmente quanto fisicamente, no sentido mais literal de ambos.
seria um roteiro literário, que um dia, poderia vir a se transformar em um vídeo-poema. correria o mundo, desencapado, permitindo-se à vida, às intempéries e ao gozo.
um diário de bordo.
uma bússola.
um documento fantástico.
um mundo m[t]eu.
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cheiro de mato, amor e aventura
ResponderExcluirLeria impavidamente, dispensando dicionários e dispersando pelos acasos. Sonhando, pulsando, não-sabendo e com uma bússola na mão.
ResponderExcluirEnquanto isso, corremos o mundo.
tão bom quando dá certo de escrever tudo que vem ao coração néan?
ResponderExcluirpalavras, às vezes, são traiçoeiras, tomam a cena demais, e em casos assim mais vale o que se diz com os olhos e com os bracinhos, como agora por exemplo.