sexta-feira, maio 7

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carícias de flores nos corpos descansados na frondosa varanda. cheiro de café com leite às oito da matina, desperta o olfato para um dia de leituras e bordados. aos domingos, acordo cedo para ouvir as canções que você fez pra mim. à noite, com os óculos na ponta do nariz, olho para o fundo do corredor escuro e repleto de quadros com fotografias daquele que será sempre o meu fotógrafo preferido e penso que o futuro é aqui. agora.
o limão colhido no quintal nos mima suavemente com o melhor suco que já bebemos e que faço pra ti com tanto querer bem, e fica doce mesmo sem o açúcar mascavo, aquele que tanto gostas. uma ode aos documentos perdidos, esquecidos e amarelados pelo tempo que não perdoa, suga o viço e coalha a carne, tornado-a viscosa.
no fim da semana, iremos às compras. geléias, deliciosos e tenros biscoitos, queijos e vinhos. ah.. esses serão secamente consumidos no vão aconchegante, acompanhados por um bom filme, os realizados pelos nossos diretores preferidos e os que nós fizemos (exceto aquele, de que gosto tanto e que você considera piegas demais). lembra da péssima luz naquele dia? como esquecer?! Aquela luz corroborou a imagem maculada que carregaremos por toda a caminhada de vida, desde o fatídico dia de encontro às portas de um café pequeno-burguês freqüentado por gente insossa.
a imagem transfigurada da viagem sem volta..

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